terça-feira, 23 de março de 2010

Belo Horizonte: planejada, arborizada e preservada (trab. prof Altamiro)

O objetivo dos engenheiros e técnicos que idealizaram Belo Horizonte era construir uma cidade com algumas preocupações básicas, como as boas condições de higiene e circulação humana, funcionando como um organismo saudável. O projeto criado inspirava-se no modelo das mais modernas cidades do mundo, como Paris e Washington. Dividiram a cidade em três principais zonas: a área central urbana, a área suburbana e a área rural.


No centro, o traçado geométrico e regular estabelecia um padrão de ruas retas e as avenidas seriam dispostas em sentido diagonal. Esta área receberia toda a estrutura urbana. Abrigaria, também, os edifícios públicos dos funcionários estaduais e os estabelecimentos comerciais. Seu limite era a Avenida do Contorno.
A região suburbana, formada por ruas irregulares, deveria ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a infra-estrutura urbana.


(Plano de construçao de BH)

Belo Horizonte foi inaugurada às pressas estando ainda inacabada. Os operários, aglomerados em meio às obras, não foram retirados e, sem lugar para ficar formaram favelas na periferia da cidade, como a do Leitão, primeira forma de segregação espacial. A aparência inacabada e empoeirada da cidade dava a impressão de abandono. As ruas e avenidas largas demais para uma população não muito numerosa pareciam estar sempre vazias. Para piorar a situação, as diversões eram poucas e não conseguiam espantar a decepção e a tristeza dos primeiros habitantes.




(Praça 7, ainda sem o pirulito)



Aos poucos retomaram-se as obras inacabadas, expandiram-se as linhas de bonde, criaram-se praças e jardins, a cidade ganhou arborização, formaram-se espaços públicos de lazer e convivência da população, que tinham enorme destaque devido á estrutura da cidade, que ainda nao era de contruçoes intensas e verticalizadas.







Com o crescimento da cidade inauguraram-se grandes obras, como o viaduto de Santa Tereza, e o Mercado Central, a cidade em intensa modernizaçao passou a fazer papel, desde entao, de cidade como ímã.




(Viaduto Santa Tereza)


Até hoje, em meio á confusão da cidade, podemos nos deparar com praças e lugares agradáveis, que nos tiram do caos do hipercentro de belo horizonte. A praça da liberdade, a Raul Soares, o parque Municipal, sao espaços livres, que tornam a cidade mais bonita e arborizada, deixam de ser lugares neutros, e passam a ser um lugar de integraçao e lazer da sociedade.
Porém percebemos que, devido á grande malha urbana, os espaços livres são delimitados, circundados por avenidas e grandes edifícios, misturados também á antigos predios.








Devido à esse enorme e rápido crescimento, podemos perceber BH como uma cidade descentralizada. Cada bairro pode ser considerado um centro regional, que possui uma certa independência de serviços do dia a dia, de construções. Com o passar dos anos, mais centros regionais estão sendo criados. O mais novo é o centro administrativo, que a princípio será uma região onde se localizará a administração da cidade, mas que logo irá atrair pessoas e serviços para a região.



(Centro administrativo)


Podemos perceber que diversos espaços, com o tempo, vem sendo modificados de acordo com a necessidade da cidade. Há tempos atras o principal objetivo era criar uma cidade moderna, q atendesse ás espectativas dos habitantes da época. Chegamos a um ponto que devemos pensar mais na integração dos espaços, do meio ambiente com a populaçao, construir uma BH menos caótica, onde os moradores não queiram fugir do centro e ir se refugiar em casas de campo, mas sim usufruir de uma cidade modificada para ser agradavel para todos seus moradores.

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